Publicações

Leia, acesse e faça o download das publicações organizadas pelo Coletivo Imagens Faladas, gratuitamente.

Boa leitura (e olhar)!

PRESENÇA DA AUSÊNCIA – SENSIBILIZAÇÃO DO OLHAR

APRESENTAÇÃO

O que você tem em mãos é uma parte do resultado do projeto desenvolvido pelo Coletivo
Imagens Faladas do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo em parceria com o Centro de
Convivência e Prossionalização (Ceconp) da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul (Fase/RS). Aqui está materializada uma narrativa das ações realizadas por coletivos culturais a partir da política pública de cultura, o Cultura Viva e o Fundo de Apoio à Cultura (FAC/RS), fundamentais para organizações de base comunitária.
Nesta publicação a educação popular tem como dispositivo e agitadora a fotograa e os protagonistas de sua produção jovens que cumpriam medidas socioeducativas na Fase. As
fotograas produzidas por Maria Eduarda, 13 anos; Arthur, 17; Patrick, 19; João Vítor, 17; Mateus, 17 e Endriws, 19; resultante do processo formativo desenvolvido por este projeto
entre os meses de janeiro e abril de 2019. Estas fotograas se encontram com as de Ítalo, 18 anos; Max, 16; Mateus, 17 e José, 17; que foram parte de uma ocina fotográca que produziu a exposição Sensibilização do Olhar – Território Educativo Ceconp/Fase em 2017.

[…]

Esse projeto trouxe a essência dos jovens a partir do mundo vivido no sistema socioeducativo dentro da Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo). Foi possível perceber os adolescentes revelando as suas projeções a partir do modo como se veem no cumprimento da medida que lhes rouba a liberdade e a convivência social. Também puderam visitar as ruínas do ICM (Instituto Central de Menores) que antigamente foi local de conturbadas vivências “prisionais” que deixaram marcas em muitas pessoas. Um local onde se encontram nas paredes registros dos adolescentes que por ali passaram representando suas percepções sobre o mundo da privação de liberdade e da vida do crime daquele período. Além da deterioração desse prédio que ficou bastante marcado por rebeliões. Hoje se encontra abandonado e guardado apenas nas lembranças daqueles que por ali passaram, deixando para trás as medidas punitivas e iniciando a etapa das medidas
socioeducativas.

Lilian Locatelli, pedagoga do Centro de Convivência e Profissionalização da Fundação de Atendimento Socioeducativo – Ceconp/Fase)

INOVA SUS 2015 – Gestão da Educação na Saúde

O que existe de inovador na Gestão da Educação no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)? Como se dão essas experiências nos territórios e como elas contribuem para promover melhorias no cotidiano do trabalho na gestão e atenção em saúde? Para responder a essas perguntas, o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão da Educação na Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (DEGES/SGTES), e em parceria com a Organização Pan–Americana da Saúde (OPAS), divulgou, em 2015, uma chamada pública com o objetivo de identificar, reconhecer, valorizar e incentivar projetos inovadores em Gestão da Educação na Saúde. Nessa perspectiva, o InovaSUS 2015 – Gestão da Educação na Saúde selecionou 38 iniciativas, nas cinco regiões do país, que procuram trabalhar com desafios locais no campo da educação na saúde. Iniciativas que envolvem criatividade e construção de processos de aprendizagem colaborativa e significativa no campo do trabalho vivo em ato. Esta publicação é fruto de todo esse movimento e procura registrar, em palavras e imagens, as potencialidades do trabalho de profissionais que, muitas vezes com poucos recursos, desenvolvem estratégias que se caracterizam pela produção do conhecimento e inovações nos processos de trabalho, melhorando práticas de atenção e gestão em saúde.
Convidamos todos a compartilhar essas experiências na área da educação na saúde que produzem redes vivas de informação e conhecimento em conexões que podem transformar realidades de saúde locorregionais. MINISTÉRIO DA SAÚDE.

Imagens Faladas – Uma Reportagem Fotográfica sobre a Memória do Bairro Cristal

Nas suas mãos, caro leitor, estão recortes. Recortes de memórias, mas não só de quem viveu. São memórias, também, de quem pesquisou e registrou. Um apanhado de histórias a partir de um encontro de gerações. Recortes de tempo e espaço, cada história contada tem seu par em fotografia. Este é o projeto Imagens Faladas, que começou em janeiro de 2010, quando reuniu 18 jovens no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, no bairro Cristal, para trabalhar o fazer fotográfico como ferramenta de expressão comunitária.