Cultura Populares 2017 – Edição Leandro Gomes de Barros

O Coletivo Fotográfico Imagens Faladas foi premiado na edição Leandro Gomes de Barros do Prêmio Culturas Populares 2017 promovido nacionalmente pelo Ministério da Cultura, Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural. Além do prêmio de R$ 10.000,00 , o Coletivo também foi reconhecido como Ponto de Cultura.

Nesta edição 2017, foram 2862 inscritos para quatro categorias de premiação. O Imagens Faladas concorreu na categoria Grupos e Comunidades que teve 783 inscritos, 639 classificados e 100 premiados. Nosso Coletivo Fotográfico atingiu pontuação máxima ficando em 12º lugar nesta categoria, sendo o único Coletivo Fotográfico agraciado. A fotografia como cultura e fazer popular é a trajetória do Imagens Faladas incubado no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, que teve origem em 2010 e desde então já publicou dois livros fotográficos,  Imagens Faladas e InovsaSUS 2015, lançou 8 exposições fotográficas e promoveu momentos de formação a partir do Quilombo do Sopapo em todos anos de sua trajetória.

Abaixo um álbum da Exposição Fotográfica PEDREIRA NA FOTO, de 2014, fruto do projeto Mais Cultura nas Escolas entre o Coletivo Imagens Faladas e o Colégio Estadual Paraná. Para ver todo álbum basta clicar passando o mouse sobre a imagem aparecerá uma seta na canto direito do cartaz e clique sobre ela, ou clique sobre o cartaz que ele te enviará ao flickr do coletivo.

Pedreira Na Foto - Coletivo Imagens Faladas

O Coletivo é formado por Leandro Anton, Eduardo Seidl, Ana Luíza, Giordana Grohmann, Gabriel Feil, Mateus Silva e Kátia Lopes, mais Cristiano da Rosa e Maria Antônia, este menores de 18 anos.

Com o prêmio faremos manutenção de nossos equipamentos fotográficos, exposição fotográfica e processo de formação com jovens estudantes com a parceria que temos desde 2014 com o Colégio Estadual Paraná, onde fizemos o projeto Mais Cultura nas Escolas entre 2014 e 2016.

Quem quiser acessar a lista de todos classificados e premiados clique em Port. nº 15-Dispoe sobre a homl. do Resultador do Edital nº 01-Edicao Leandro Gomes de Barros

Curta também nossa fan page https://www.facebook.com/coletivoimagensfaladas/ e acesse nosso flickr https://www.flickr.com/photos/coletivoimagensfaladas/ .

Nosso Coletivo Fotográfica faz oficinas de fotografia pinhole com câmeras feitas de lata ou caixas de fósforos, tanto na sede do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo na Avenida Capivari 602, Bairro Cristal, Porto Alegre, como em outros locais que desejaram nos contratar. Para contato escreva para [email protected] .

O Homenageado

Leandro Gomes de Barros

Paraibano nascido em 19/11/1865, na Fazenda da Melancia, no Município de Pombal, é considerado o rei dos poetas populares do seu tempo. Foi educado pela família do Padre Vicente Xavier de Farias (1823-1907), proprietários da fazenda e dos quais era sobrinho por parte de mãe. Em companhia da família “adotiva”, mudou-se para a Vila do Teixeira, que se tornaria o berço da Literatura Popular nordestina, onde permaneceu até os 15 anos de idade tendo conhecido vários cantadores e poetas ilustres.

Do Teixeira vai para Pernambuco e fixa residência primeiramente em Jaboatão onde morou até 1906, depois em Vitória de Santo Antão e a partir de 1907 no Recife onde viveu de aluguel em vários endereços, imprimindo a maior parte de sua obra poética no próprio prelo ou em diversas tipografias. Vale a pena transcrever o aviso no final de um poema, A Cura da Quebradeira, que demonstra suas constantes mudanças e o grande tino comercial: “Leandro Gomes de Barros, avisa que está morando em Areias, Recife, e que remeterá pelo correio todos os folhetos de suas produções que lhe sejam pedidos”.

Sua atividade poética o obriga a viajar bastante por aqueles sertões para divulgar e vender seus poemas e tal fato é comentado por seus contemporâneos João Martins de Ataíde e Francisco das Chagas Baptista.

Foi um dos poucos poetas populares a viver unicamente de suas histórias rimadas, que foram centenas. Leandro versejou sobre todos os temas, sempre com muito senso de humor. Começou a escrever seus folhetos em 1889, conforme ele mesmo conta nesta sextilha de A Mulher Roubada, publicada no Recife em 1907.

Caboclo entroncado, de bigode espesso, alegre, bom contador de anedotas: este é o retrato que dele faz Câmara Cascudo em Vaqueiros e Cantadores. Casou-se com Venustiniana Eulália de Barros antes de 1889 e teve quatro filhos: Rachel Aleixo de Barros Lima, Erodildes (Didi), Julieta e Esaú Eloy, que seguiu a carreira militar tendo participado da Coluna Prestes e da Revolução de 1924. De Leandro só possuímos fotos de meio-busto e uma de corpo inteiro, que colocava em seus folhetos para provar a autoria de seus versos; de sua família, o que ficou para a história foram os folhetos assinados com caligrafia caprichada, sobretudo os de Rachel.

Na crônica intitulada Leandro, O Poeta, publicada no Jornal do Brasil em 9 de setembro de 1976, Carlos Drummond de Andrade o chamou de “Príncipe dos Poetas” e assinala:

Não foi príncipe dos poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro”. E diz mais: “Leandro foi o grande consolador e animador de seus compatrícios, aos quais servia sonho e sátira, passando em revista acontecimentos fabulosos e cenas do dia-a-dia, falando-lhes tanto do boi misterioso, filho da vaca feiticeira, que não era outro senão o demo, como do real e presente Antônio Silvino, êmulo de Lampião”.

Mas não foi só Drummond, nosso poeta maior, que reconheceria em Leandro a majestade dos versos. Em vida era tratado por seus colegas como o poeta do povo, o primeiro sem segundo (Athayde) e verdadeiro Catulo da Paixão cearense daqueles ásperos rincões (Gustavo Barroso). fonte: http://culturaspopulares.cultura.gov.br/homenageados-edicoes-anteriores/

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