DISPONÍVEL! Livro “Imagens Faladas”. Acesse, leia e viaje numa reportagem fotográfica sobre a memória do bairro Cristal!

Abaixo você poderá ler também a postagem do primeiro encontro com os jovens que viriam a produzir as reportagens fotográficas que estão no livro ‘Imagens Faladas – uma reportagem fotográfica sobre a memória do Bairro Cristal’ . O livro você pode acessar e ler clicando sobre o título.

São 10 anos do Projeto Imagens Faladas. O projeto foi construído como  Residência Artística Interação Estética da FUNARTE proposta pelo fotógrafo Eduardo Seidl e que teve também como fotógrafo residente Leandro Anton. Da Residência Artística surgiu o Coletivo Imagens Faladas, Coletivo fotográfico do Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo, e da Interação Estética o livro que poderás curtir no meio digital.

O projeto teve seu primeiro encontro em 20 de janeiro de 2010, num dos espaços do Quilombo do Sopapo, que hoje é o telecentro, e no mesmo encontro foi feita a primeira caminhada-percurso-aula de fotografia sobre o bairro Cristal. O percurso realizado foi o da Vila Ecológica, que fica no Morro Santa Teresa, para de lá ter uma vista de cima e panorâmica do Bairro Cristal.

O livro é composto de sete reportagens fotográficas sobre o Bairro Cristal e tem a autoria de sete jovens, todos estudantes de escolas públicas e seis deles moradores da região. Carlos Alberto, Cristina Nascimento, Douglas Oliveira, Elincoln Lucas, Nicolas Gabriel, Saionara Silva da Silva e Sueda Juliane Martins de Freitas, fizerem a residência artística no primeiro semestre de 2010 no Quilombo do Sopapo e durante os encontros e aulas de fotografia, memória e história oral, foram fazendo suas escolhas daquilo que tornariam tema de suas reportagens fotográficas Imagens Faladas.. Também são autores os fotógrafos e educadores Eduardo Seidl e Leandro Anton. O livro foi lançado durante a 3ª Semana do Quilombo do Sopapo em abril de 2011.

20 de janeiro de 2010, quarta-feira à tarde, Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo

A aula começou com uma roda de apresentação da gurizada, bem informal, seguida da descrição do Projeto. As primeiras 3 semanas serão destinadas à oficina de fotografia, antes de começar a parte de entrevistas com os moradores selecionados para as contações de história. Cada integrante será responsável por um capítulo do livro.

Esta é primeira foto feita no projeto. Câmera digital Lumix no modo automático, clicada pelo Tiago, monitor do Quilombo do Sopapo. Um pouco tremida, mas bem enquadrada. No decorrer da oficina vamos melhorando estes detalhes.

O primeiro encontro iniciou as 15h do dia 15 de janeiro, sexta-feira, no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo. Estiveram presentes Carlos Henrique, Carolina, Douglas, Elincoln Lucas, Guilherme Dutra Garcia, Taiani, Nicolas Gabriel, Saionara e Sueda Juliane.

Boa parte dos oficinandos mostrou ansiedade para fazer logo os roteiros fotográficos pelo bairro, curiosidade de pegar as câmeras e ir para a rua. Também pela idéia de terem uma publicação com seu trabalho eternizado. Idéias características de verdadeiros fotógrafos e fotógrafas, mas temos um caminho a trilhar, que será uma mescla de teoria e prática. A formação deve ser o mais consistente possível, para quando chegarem ao final do projeto estejam aptos a continuar a documentação do cotidiano do bairro e da cidade. Além de seguirem trabalhando em iniciativas profissionais como a Cristalizar Vídeo Produções, que funciona no Quilombo do Sopapo com uma agenda repleta de trabalhos.

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O dia ensolarado colaborou com a caminhada. Foto: Eduardo Seidl

Para saciar a grande vontade de todos de pegarem as câmeras e desbravar o bairro, foi selecionado um roteiro que se classificou como fundamental para todos. O topo do bairro, onde está a Vila Ecológica.

O trajeto foi acompanhado pelos oficineiros Leandro Anton e Eduardo Seidl auxiliando na parte técnica da fotografia, já que boa parte da gurizada ainda é principiante. Oscar, monitor do Ponto de Cultura, foi o cicerone da caminhada, por ser morador da Vila, pedindo licença ao moradores para que conhecêssemos o local.

Vista parcial do “Vale do Cristal” onde se vê o Hipódromo, inaugurado em 21 de novembro de 1959, cerca de 2o anos depois do inicio do projeto. Foto: Carolina e Thaiane

A vista do alto de um do picos do Morro Santana, a Vila Ecológica, é linda e despertou o instinto fotográfico dos caminhantes. Foram utilizados 10 filmes 35mm, iso 100, distribuídos em 3 câmeras mecânicas, uma única pinhole de caixa de fósforo, além das duas digitas amadoras.

Oscar, monitor do Quilombo do Sopapo e morador da Vila Ecológica. Foto: Carolina e Thaiane

Câmera Lumix no modo manual. Com auxílio de fotometragem dos oficineiros, a Carolina e a Thaiane que estavam compartindo a câmera flagraram esta boa cena da Vila Ecológica.

Vista privilegiada do Bairro Cristal. Foto: Eduardo Seidl

Leandro fez um breve apontamento dos limites do Bairro Cristal e dos principais pontos de referência. Alguns dos jovens fotógrafos conseguiram identificar as regiões onde moram, as escolas do Bairro entre outros pontos particulares.

A descida do morro em direção ao Ponto de Cultura foi mais rápida. O final da tarde se aproximava e todos já sentiam o cansaço. Se percebia nos rostos uma satisfação de ter a câmera em mãos e poder enquadrar algumas cenas, antecipando uma amostra do que será o trabalho que teremos pela frente.

A textura do Bairro Cristal. Ótimo recorte na foto de Nicolas Gabriel

Com esta postagem inauguramos o blog do Projeto Imagens Faladas, ou Imagens da Fala, como já foi sugerido. O importante é mantermos a empolgação e integração que se revelou no primeiro encontro. Todos esperamos a participação dos leitores deste blog com comentários, fotos ou sugestões.

Um ‘futs’ na quadra da entrada da Vila. Foto: Nicolas Gabriel

As próximas, são algumas fotografias selecionadas dos filmes utilizados nas câmeras manuais 35mm. Nestas imagens podemos ver uma olhar mais atento a detalhes do bairro. Simples flagrantes que podem ser irrelevantes para os transeuntes mais desatentos, mas que se trasformam em instantes de belíssima plástica se enquadrados por olhos fotográficos.  Parabéns para a Saionara.

A pedra no ar! A fotografia de um instante! Foto: Saionara

Estas outras fotografias são mais exemplos de olhos fotográficos. Quando uma certa região se torna comum pelo nosso trânsito diário, alguns detalhes se mimetisam no ambiente. Passam desapercebidos. O ideal é caminhar olhando em frente e não se acostumar com a paisagem. Observar as coisas com questionamento. Em um projeto como este que estamos inicinado, cenas super banais para a maioria da população podem ser imprescindíveis no resultado final.

Um movimento pode ser o guia do olhar para m novo caminho. Foto Elincoln Lucas

De onde vem e para onde vão? Foto: Elincoln Lucas

“””Caminhe olhando pra frente e não se acotume com a paisagem!”””